Segunda-feira - 04/11

Umas considerações sobre o jogo, após a minha terceira partida, os pássaros venceram pela terceira vez (minha esposa venceu o primeiro, o Guilherme Savio venceu o segundo e eu venci o terceiro), isso não foi exatamente empolgante em relação ao que achei do balanço no jogo, o poder migratório dos pássaros é muito forte, ter maior mobilidade dá uma vantagem tática muito importante. Porém analisando esse meu jogo eu poderia ter perdido se não tivesse conseguido ser o primeiro em iniciativa na última rodada e conseguido usar a carta de expulsar o pessoal da tundra, então achei que tive méritos na vitória, mesmo assim gosto muito do jogo e da mecânica, e mal posso esperar para ver outro grupo animal vencendo.

Quando joguei em 5, os pássaros moviam-se bem para áreas melhores, mas eram recebidos na porrada. Não ficaram nem perto de ganhar. Talvez em menos sejam mais fortes, porém não pense em Pássaros = Vitória.

Ou seja, certamente houve mérito dos jogadores em todas as vezes.

Abs,

Quando joguei em 6 os mamíferos eram uma merda, ficavam encravados lá no final da iniciativa e só sobreviveram por milagre.

tiagovip escreveu:Quando joguei em 5, os pássaros moviam-se bem para áreas melhores, mas eram recebidos na porrada. Não ficaram nem perto de ganhar. Talvez em menos sejam mais fortes, porém não pense em Pássaros = Vitória.

Ou seja, certamente houve mérito dos jogadores em todas as vezes.

Abs,

Ah sim, ainda mais que foi discutido que havia até a possibilidade de postergar o jogo para mais uma rodada, por conta do Pedro e do Gustavo, se eles evitassem de pontuar, isso certamente faria com que meus pássaros fossem dizimados na próxima rodada, pois já estavam fracos demais, eu não conseguiria resistir mais uma rodada na tundra.

Em todos os jogos, os jogadores que controlaram os Pássaros tiveram mérito, alguns tiveram uma ajuda divina de outros jogadores (Alô Samuca).

doizinho escreveu:Quando joguei em 6 os mamíferos eram uma merda, ficavam encravados lá no final da iniciativa e só sobreviveram por milagre.

Acho que em 6 a primeira coisa a fazer com os mamíferos é cravar uma peça na iniciativa, pessoal geralmente deixa para investir em iniciativa mais para o final, para evitar de ficar sem uma ação importante. Mas avançar na iniciativa com os Mamíferos é uma coisa bem essencial, obviamente que cada jogo é um jogo, as vezes a disputa por iniciativa é enorme e aí os mamíferos tem que dar um jeito de outra forma.

Nesse jogo em específico a competição foi a ação mais importante, por causa dos aracnídeos, se só ele investe em competição, certamente que ele terá maior número no final, então um dos peões de cada jogador invariavelmente acabava indo para a competição, mas tiveram jogos que esse tipo de ação ficou quase que praticamente intocado, povo pacífico. Então cada jogo acaba tendo um aspecto dependendo do foco de cada jogador.

Trentini escreveu:

doizinho escreveu:Quando joguei em 6 os mamíferos eram uma merda, ficavam encravados lá no final da iniciativa e só sobreviveram por milagre.

Acho que em 6 a primeira coisa a fazer com os mamíferos é cravar uma peça na iniciativa, pessoal geralmente deixa para investir em iniciativa mais para o final, para evitar de ficar sem uma ação importante. Mas avançar na iniciativa com os Mamíferos é uma coisa bem essencial, obviamente que cada jogo é um jogo, as vezes a disputa por iniciativa é enorme e aí os mamíferos tem que dar um jeito de outra forma.

Faltou combinar com os outros jogadores então. Quando eu subi pra quinto na iniciativa, depois de umas 3 horas de jogo, eu quase soltei foguetes.

Mudaria algumas ações durante o jogo,

mas fiz lá umas besteiras nervosas. A principal foi não disputar por tantas cartas como meus adversários, priorizei me fazer presente em todos os lugares possíveis e segui com a matança. Não foi uma ideia ruim, a forma como o jogo se desencadeou sim... se a migração não tivesse sido tão forte no final eu teria me dado bem...

Durante toda a partida detonamos nas Tundras, tudo afim de impedir que alguém fizesse muitos pontos por lá. Quando finalmente elas eram quase inabitáveis ocorreu essa migração e permitiu a pontuação dos pássaros no turno final.

Pedro escreveu:Mudaria algumas ações durante o jogo,

mas fiz lá umas besteiras nervosas. A principal foi não disputar por tantas cartas como meus adversários, priorizei me fazer presente em todos os lugares possíveis e segui com a matança. Não foi uma ideia ruim, a forma como o jogo se desencadeou sim... se a migração não tivesse sido tão forte no final eu teria me dado bem...

Durante toda a partida detonamos nas Tundras, tudo afim de impedir que alguém fizesse muitos pontos por lá. Quando finalmente elas eram quase inabitáveis ocorreu essa migração e permitiu a pontuação dos pássaros no turno final.

Lembrando que eu tive que realizar ações acessórias, o Wonderlust com 2 sementes foi fundamental e a carta Habitat que usei logo em seguida de Cold Snap na última rodada também, senão as tundras continuariam inabitáveis.

Mas concordo Pedro, só focar em seek and destroy não funciona, pq o jogo tem muita variável, enquanto você focava nisso, os crustáceos estavam sumindo do mapa, as cartas de dominância estavam sendo usadas contra você, suas vantagens de dominância eram pequenas, obviamente o jogo tem várias reviravoltas e depois você conseguiu reverter muita coisa com a quantidade de adaptação e regressão que ocorreram, quem se prejudicou no final com isso acabou sendo o Gustavo.

Foi bacana jogar, mas não espero jogar este jogo novamente. Para mim ele é um eurotrash - ou um amerieuro, sei lá. As cartas não apenas são caóticas, mas para quem as conhece facilita muito. E vão de extremamente fortes até extremamente fracas (bla bla bla dependendo da situação a carta fraca é forte bla bla bla = você é um chato, tem cartas que são fracas mesmo e outras que são super fortes).

O maior ponto negativo é o tempo - muito demorado para o que oferece. Ele se desenvolve bem, há variações interessantes, mas não senti que meus esforços foram recompensados. Para mim não vale as 4 horas + gastas.

Não acho que os pássaros sempre vão vencer ou algo assim, mas não vejo por que testar de novo. E nem é isso o que mais incomoda. Da outra vez que eu tinha jogado havia sido exatamente a mesma coisa, idêntico, o jeito de terminar o jogo, de progredir (mas eu havia me esquecido!).

É um jogo de respeito, mas é evidente que foi feito por um designer de wargames. Ele fracassa, na minha opinião, como eurogame - mas é um sucesso como eurotrash. Terra Mystica ou Agricola a qualquer hora do dia ou da noite pra mim.  

Trentini escreveu:Em todos os jogos, os jogadores que controlaram os Pássaros tiveram mérito, alguns tiveram uma ajuda divina de outros jogadores (Alô Samuca).

Trentini, esquece isso. Como diria nosso amigo Libonati: "Guardar mágoa no coração não leva a lugar nenhum."

Trentini escreveu:

doizinho escreveu:Quando joguei em 6 os mamíferos eram uma merda, ficavam encravados lá no final da iniciativa e só sobreviveram por milagre.

Acho que em 6 a primeira coisa a fazer com os mamíferos é cravar uma peça na iniciativa, pessoal geralmente deixa para investir em iniciativa mais para o final, para evitar de ficar sem uma ação importante. Mas avançar na iniciativa com os Mamíferos é uma coisa bem essencial, obviamente que cada jogo é um jogo, as vezes a disputa por iniciativa é enorme e aí os mamíferos tem que dar um jeito de outra forma.

É, todos pensaram bem diferente de você durante a partida.

Acho que só na rodada 125 o Fabiano teve espaço para colocar uma peça dele na iniciativa.

Abs,

Gustavo escreveu: Terra Mystica ou Agricola a qualquer hora do dia ou da noite pra mim.  

Estamos em lados completamente opostos...

Terra Mystica tem um desenvolvimento muito mais óbvio que Dominant Species. Você sabe o que cada player vai fazer, qual poder vai utilizar etc... Dominat Species oferece mais surpresas e mais possibilidades táticas na minha opinião.


Agricola nem vou comentar... acho o jogo muito chato, mas entendo quem gosta e porque gosta.

O legal é que falamos de uns jogos meio doidos...

o Dominant é um jogo de sobrevivência que não ganha necessariamente quem sobrevive (esse é um critério subjetivo). De outro lado citaram o Agricola que é um jogo de administrar sua fazenda e alimentar a família, mas vence quem fizer o melhor combo de cartas e não a melhor fazenda.  

Pedro escreveu:O legal é que falamos de uns jogos meio doidos...

o Dominant é um jogo de sobrevivência que não ganha necessariamente quem sobrevive (esse é um critério subjetivo). De outro lado citaram o Agricola que é um jogo de administrar sua fazenda e alimentar a família, mas vence quem fizer o melhor combo de cartas e não a melhor fazenda.  

Pelo contrário, Agricola vence quem fizer a melhor fazenda, MAS só consegue fazer a melhor fazenda se tiver um bom combo de cartas

E no Dominant Species vence quem sobrevive, sobreviver não é necessariamente ter maior número no mapa, mas se adaptar melhor (ter dominância), se adaptar em mais terrenos (ter a presença para pontuar) e eventualmente ter maior número (para pontuar mais), acho que tematicamente ele é bem bom.

E eu complementaria tua frase com o outro jogo citado que é o Terra Mystica, quem vence o jogo não necessariamente é quem tem mais cidades e tem a maior área conectada ou quem tem maior culto em algum Deus, mas quem fez uma pontuação melhor nas horas certas, e eventualmente quem ganhou os bonus por maior cidade e culto aos deuses.

Não entendi dessa maneira,

sobreviver é diferente de dominar ou ter maioria. Óbvio que tiveram arrumar alguma forma de se fazer pontuar no jogo e elas estão ligadas a sobreviver, mas sobreviver não é a principal delas.

Com relação ao Agrícola tenho inúmeras ressalvas. Todas elas pautadas pelas minhas experiências na mesa, se alguém procurar temática naquilo ou uma lógica temática vai se decepcionar. Já vi excelentes fazendas perderem para fazendas meia boca com cartas na manga. Infelizmente, muitos me alegam que as minhas partidas não deveriam ser validadas, já que quem jogava comigo misturava decks, joguei sem isso e o meu desgosto com o jogo permaneceu.

Terra Mystica é um jogo que não discuto. Sinto que estaríamos próximos de falar de religião já que quinzenalmente ele tem se tornado sagrado, eu no entanto estou quase enjoado só de ouvir/ver.

Reclamam pq não repetem jogos, depois reclamam pq estão jogando sempre o mesmo jogo... vai entender  se for assim também Love Letter é o nosso Deus

Eu não ligo de ver o mesmo jogo na mesa, de fato, Power Grid foi jogado em praticamente todas as últimas sextas, com 2 mesas simultâneas nesta última, e eu toparia outra partida na próxima xD

Não é um reclamação,

e mesmo que fosse de q serviria. Faço isso como comentário e felicito os que adquiriram o jogo e tem a felicidade de jogá-lo tantas vezes assim.

Quem dera tivessem dado tanta atenção a jogos que ficaram para trás, tão bons quanto e tão pouco jogados...

Pra mim interessa jogar bons jogos, independentemente de quem os tenha. Claro que os meus jogos, por uma razão ou outra considero bons.
Terra Mystica eh um jogo que vc deveria tentar Pedro, a interação não é tao alta bem tão direta e não ha nenhum fator aleatório no jogo.

Leo.Nardo escreveu:Reclamam pq não repetem jogos, depois reclamam pq estão jogando sempre o mesmo jogo... vai entender  se for assim também Love Letter é o nosso Deus

Eu não ligo de ver o mesmo jogo na mesa, de fato, Power Grid foi jogado em praticamente todas as últimas sextas, com 2 mesas simultâneas nesta última, e eu toparia outra partida na próxima xD

Particularmente prefiro repetir jogos doq conhecer um jogo novo toda semana. Entre setembro e outubro conheci zombicide, kahuna e res publica.

Nada tenho contra jogos novos, mas não tenho ligado muito para novidades. Essa Essen não teve nada que tenha me pilhado para comprar. Me interessei por um ou outro, mas pessoalmente achei todos passáveis!

Já tive duas experiências com o TM,

gostei do jogo.

Bom, Pedro, eu considero que o nome do jogo é Dominant Species, então não ganha o jogo só quem sobrevive, mas quem domina e/ou quem tem maioridade, mas enfim, não vou discutir os méritos do que você disse sobre a questão de sobreviver, minha sensação no jogo é de que a todo momento eu tinha que realizar ações para fazer meus pássaros sobreviverem, principalmente nas tundras, pois era uma salada de regressões, wasteland, competições, etc etc. Mas tudo isso para que no final eu tivesse maioria das dominâncias, ao menos EU sinto isso quando jogo DS.

Quanto a Agricola, todos os jogos que joguei, venceu a melhor fazenda, mesmo porque a pontuação no jogo depende da sua fazenda (quantidade de gado/porcos/ovelhas, quantidade de plantações de grãos e vegetais, quantidade de membros na família, melhoria nos cômodos da fazenda, quantidade de campos ocupados, estábulos etc etc), as cartas representam uma fatia que não chega a 10% da pontuação total. Quanto a fazer sentido temático, aí é subjetivo de cada um, concordo em partes que as vezes você não sente que sua fazenda está ficando bonita pelo seu esforço interno, mesmo porque todos os seus trabalhadores vão trabalhar em cima dos espaços que NÃO estão em sua fazenda.

Quanto a TM, não vejo motivos para concordar ou discordar desse assunto só porque ele é um jogo que religiosamente está sendo jogado toda semana ou semana sim semana não, acho que todo mundo tem o direito de colocar os prós e contras do jogo, apesar de eu gostar muito do jogo, ele está longe de ser perfeito, e digo mais ainda, longe de ser completamente balanceado.

É simples Alexandre, se o jogo que está sendo jogado sempre é seu então o Pedro acha ruim, se for dele ele acha bom.  

doizinho escreveu:É simples Alexandre, se o jogo que está sendo jogado sempre é seu então o Pedro acha ruim, se for dele ele acha bom.  

Ah, já entendi, é estratégia dele de desvalorizar meus jogos, assim terei vontade de vender a preço de banana, aí ele compra mais barato, já entendi sua jogada, Pedro 

Cara,

estou falando do Dominant pq o Trentini disse, antes da partida que o jogo era de sobrevivência. Ao fim da partida entendi diferente e fiz a brincadeira linkando com o Agricola. O jogo não é de sobrevivência e sim de dominação e dominância... é como em nosso país, a Receita nos arrebenta, mas sobrevivemos. porém não dominamos  

As minhas experiências com o Agricola sempre se mostraram diferentes. Entendo quem curte o jogo, mas aproveitei a citação para fazer a comparação... é um jogo de fazendas? Ok, a sinergia das partidas do Trentini mostrou que sim... as minhas não. Uma vale mais que a outra? Não! Foram diferentes apenas.

Com relação ao TM, acho bom que seja insistentemente jogado... mas tenho direito de achar o que quiser nessa bosta e acho que muitos jogos são relegados ao esquecimento e tem uma qualidade tão boa quanto ao dito. Repito, feliz de quem adquiriu e tem colocado ele na mesa.

Sobre meus jogos só tenho a dizer que quase meti o pé na minha coleção. É claro que fiquei arrasado com o que aconteceu na última sexta e em tantas outras e também quero me reservar ao direito de falar disso sim. Mas ok, estou buscando maneiras de entender o que acontece e a conclusão já está se tornando óbvia para mim e é provável que eu incentive que muitos jogos sejam jogados a sua exaustão, não os meus!