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Mensagem por tiagovip Dom Jun 16, 2013 4:27 pm

Olá, pessoas!

Na sexta-feira (14), o André e o Jorge foram lá em casa, para não deixar a sexta passar em branco, então o que veio para a mesa foi:

Fortress America (Jorge, André e eu) - este é um jogo da época em que os EUA ainda tinham algum medo da onda comunista e socialista que, pelos idos de 1986, ano do lançamento do jogo, era mais uma marolinha teimosa. O tema é o seguinte: os EUA completaram seu sistema de defesa, composto de laser guiados por satélites. O resto do planeta encarou aquilo como um ato potencial de guerra, e uniram-se para atacar os EUA. Basicamente é um molde dos pesadelos paranoicos dos anos 80, pois os atacantes são: os europeus socialistas, os asiáticos comunistas e os latinos. O jogo é basicamente um WAR melhorado, bem mais rico em opções. Cada exército invasor tem 5 unidades diferentes: infantaria, veículos de transporte blindados, tanques, helicópteros e bombardeiros; entre elas existem diferenças em movimento e ataques: a infantaria e os veículos de transporte tem 50% de chance de acertar seus ataques; os tanques e helicópteros, tem 5 chances em 8 de acertar; e os bombardeiros tem 7 chances em 10 de acertar - a infantaria, o veículo e o tanque movem-se 1 espaço; o helicóptero move-se 2, e o bombardeiro move-se 4, porém bombardeiros por si só não conseguem tomar cidades ou regiões. Os EUA tem essas mesmas unidades e duas outras mais: os Partisans, que lutam melhor quando sozinhos, e o infame laser, que pode acertar unidades em qualquer local do tabuleiro.

O objetivo dos EUA é resistir por 10 turnos sem perder 18 cidades para a força invasora; o objetivo dos atacantes é tomar um total combinado de 18 cidades e mantê-las até o final do turno dos EUA. Existe um meio de contar pontos, caso o vencedor sejam os atacantes, para saber quem foram os maiores invasores, mas tendo jogado pareceu algo estranho e desequilibrado: dependendo das cartas pegas pelo jogador dos EUA, uma das facções dos atacantes pode sofrer bem mais, algo totalmente fora de controle. De qualquer modo jogamos sem tal opção. O Jorge assumiu os EUA, o André os latinos e eu fiquei com os europeus e asiáticos.

Na primeira rodada, os asiáticos invadiram pelo oeste e tomaram San Francisco e Los Angeles, mas perderam a batalha em Portland. Os latinos avançaram sobre San Antonio, Phoenix, Houston e San Diego. Os europeus ocuparam Miami, Tampa e Washington - pintando a Casa Branca e vermelho antes de queimar tudo. Então, ao final da 1ª rodada, os invasores tinham 9 cidades - metade do necessário para vencer. O Jorge fez recrutamentos e veio para o combate, retomando Phoenix e San Diego, mas uma unidade de infantaria europeia resistiu, sozinha, em Washington ao ataque de duas unidades de infantaria e uma de helicópteros.

Os asiáticos retomaram o ataque em Portland, tomando-a, e o mesmo ocorreu com Seattle (transformada em Nova Manchuria!) e San Diego. Valendo-se da rapidez dos helicópteros, os latinos atacaram e conquistaram Dallas, e New Orleans e recuperaram Phoenix. Então os europeus atacaram Philadelphia, conquistando-a, e enviaram bombardeiros para arrasar Pittsburgh, apenas pelo prazer de destruir, já que não tinham como ocupar a cidade. Foi aqui o ponto decisivo, pois usei duas cartas: Maré Vermelha, que fez os bombardeiros atacarem antes, acabando com as unidades em Pittsburgh sem sofrer baixas; mas esta foi só pela diversão, a carta que mais ferrou o Jorge foi a Washington Queimando, que impediu, por uma rodada, a compra e o uso de cartas de recrutamento pelos EUA. Isso permitiu que várias posições dos EUA permanecessem fragilizadas com a perda de unidades (os EUA sempre recebem mais, mas só pelas cartas; as unidades invasoras estão perdidas, mas recebem 5 ou 8 unidades, garantidamente, a cada rodada, ao menos até acabarem as unidades). Com isso, os asiáticos ocuparam Salt Lake City, Las Vegas e San Diego. Os latinos atacaram Sant Louis, Kansas City e Denver, e só não tomaram Denver, que foi atacada por bombardeiros apenas para destruir exércitos. Os europeus, reforçaram suas posições em Washington e Philadelphia e partiram para atacar, e conquistar, New York e Atlanta, além de se aproximarem de Memphis, Boston e Pittsburgh. 

Neste momento estávamos com 20 cidades dominadas e o Jorge precisaria recuperar pelo menos 3 cidades, ou perderia. Ele realizou ataques em New York, Philadelphia, Saint Louis, Kansas City e Las Vegas. Primeiros veio o ataque dos lasers, que o Jorge errou todos (na partida toda ele só acertou um, de um total de 10 ataques com 50% de chance de acertar.

Em New York os europeus resistiram, mas perderam Philadelphia. Veio o ataque em Las Vegas, a posição mais fraca entre todas as cidades atacadas, com sua defesa composta por somente 2 unidades de infantaria - contra um helicóptero, uma infantaria e um partisan. As duas infantarias resistiram e o Jorge quase não tinha mais condições de vencer, pois seus ataques em Kansas City e Saint Louis eram fracos, dependendo bastante da eficácia prévia dos lasers, o que não ocorreu. Ele perdeu ambas as batalhas. Assim, os invasores venceram na 4ª rodada, ocupando 19 cidades.

Fortress America provou-se um jogo de regras razoavelmente simples (tem alguns esqueminhas envolvendo os movimentos das unidades que foi com o que mais nos batemos para entender, nada demais, porém). A partida foi divertida, mas é bom frisar que o jogo pode frustrar, já que o elemento de sorte é significativo, e o tempo de duração da partida pode ser bem longo: mesmo com a partida acabando na rodada 4 (de 10), ela nos exigiu quase duas horas e meia. Conhecendo bem o jogo, esta duração não deve ser afetada, pois o ganho da experiência deve ser equilibrado por uma partida mais disputada, demandando mais rodadas para encerrar. Se forem jogar, usem as cartas para os invasores, pois elas dão uma dinâmica bem interessante devido aos seus requisitos para funcionarem, o que torna regiões sem cidades também importantes de serem mantidas;

Sentinels of the Multiverse (Jorge, André e eu) - jogamos com os heróis Chrono Ranger (Jorge), Scholar (André) e Omnitron X (eu), contra a vilã La Capitán, no Cataclismo do Tempo. Logo de começo perecebi que minha escolha de herói não foi das melhores, pois a Capitán destrói equipamentos e cartas contínuas dos heróis, e o Omnitron X, sem surpresas, é basicamente só equipamentos, componentes e cartas contínuas. Tive um pouco de sorte porque o Chrono Ranger também usa-se de vários equipamentos, então entre ele e eu, conseguíamos ao menos manter algumas cartas na mesa. Lá na terceira rodada estávamos surpresos que a La Capitán seja somente de dificuldade 2, pois ela e sua tripulação estavam nos surrando: a situação só melhorou quando o Scholar conseguiu uma dupla de cartas que reduziam o dano sofrido por ele em 2 e ainda o permitia atacar e recuperar vida - ele recuperou tanto que enquanto o Chrono Ranger e o Omnitron X estavam com 10 e 15 pontos de vida, respectivamente, o Scholar tinha 25! Consegui começar a me valer bem de uma carta - Explosão Defensiva - que causou grande estrago naqueles malditos tripulantes, enquanto a armadura do Omnitron X segurava os danos de projétil muito bem. O Chrono Ranger, sofrendo mais pela falta de equipamentos, acabou sucumbindo aos ataques. Eram muitas cartas de vilão em jogo, pois entravam 3 novas a cada rodada (uma devido a um Ambiente, uma normal e uma outra devido à carta do navio da Capitá, o Magnifica. Após a destruição do navio e a retirada do Ambiente, voltamos a ter esperança, até porque o Scholar é uma máquina de absorver dano como nenhuma outra! Ele permitiu a manutenção do Omnitron X, que continuou causando danos significativos, mas também caiu, quebrado pelos ataques. Sozinho, sem conseguir manter as cartas de equipamento em jogo, o Scholar fez uma resistência heroica, reduzindo a Capitán até 4 pontos de vida, contudo também caiu. A Capitán e sua tripulação celebraram e, depois, colocaram o Scholar e o Chrono Ranger em ferros, junto aos remos - prisioneiros e escravos do navio temporal. Omnitron X foi lançado ao mar, para que o sal das eras o corroesse. Seria este o fim dos heróis? Leia o próximo número!

E foi isso!

Abs,
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Mensagem por tiagovip Dom Jun 16, 2013 8:44 pm

Algumas imagens da partida:

Situação geral durante a fase de ataques dos invasores na 3a rodada:
Sexta - 14/junho Pic1694789_md



Detalhe da invasão dos europeus no leste dos EUA:
Sexta - 14/junho Pic1694795_md
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