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Ground Floor - curta resenha finalizada com um relato de sessão, para saborear

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Mensagem por tiagovip Qui Jul 10, 2014 10:31 am

No Ground Floor existe tanto para fazer, que para resumir o melhor que puder vou enumerar as fases da rodada, as ações padrão no tabuleiro pessoal e aquelas possíveis no tabuleiro principal, sem, no entanto, elaborar em nenhuma delas, afinal, basta dizer que a explicação do jogo durou cerca de uma hora (ou mais de dez rodadas do Agricola, que acontecia na mesa ao lado).

Ground Floor - curta resenha finalizada com um relato de sessão, para saborear Pic1560952_md

As fases do turno:
- receber recursos (dinheiro, pastas e tempo dos empregados);
- contratar empregados (pagando em dinheiro e pastas de acordo com o nível do mercado - quanto mais contratações, mais o valor aumenta, pois o mercado aquece);
- agendar negócios (ações feitas no tabuleiro pessoal, cujos resultados são imediatos, ou empregados colocados para realizar ações no tabuleiro pessoal, mas estas serão realizadas somente na próxima fase, após todos os empregados de todos os jogadores terem sido alocados);
- conduzir negócios (são feitas as ações, em ordem, no tabuleiro principal);
- reorganizar:
a) downsize da empresa (por escolha, ou por obrigação, caso o jogador não consiga pagar pelos empregados);
b) recompor os marcadores de tempo (de acordo com a quantidade de empregados);
c) estocar os armazéns;
d) ajustar popularidade (todos descem um espaço);
e) acessar o mercado de trabalho (verificar como está o fluxo de empregados disponíveis no mercado);
f) fazer a previsão de como estará a economia (isso dá indicações de como estará a venda nas lojas).

As ações padrão a serem feitas no tabuleiro pessoal são:
- montagem (produz material de venda/troca);
- treinamento (torna o empregado contratado em ativo dentro da empresa);
- estocagem (não é uma ação e, sim, só um espaço para guardar o recurso produzido pela ação de montagem);
- sala de reunião (produz pastas - que são ideias, informações);
- pesquisa e testes (transforma os recursos produzidos pela montagem em pastas);
- propaganda (faz networking, o que pode aumentar a popularidade da empresa/produto).

As ações que são feitas no tabuleiro principal são:
- empresa de consultoria (o que pode vir a gerar pastas/ideias);
- agência de publicidade (tem três maneiras de agir: networking, material impresso ou propaganda em rádio/tv);
- bônus de marketing (as empresas/produtos mais populares recebem um bônus, escolhido na ordem de popularidade);
- armazém (pagando em dinheiro ou informação, a empresa adquire produto);
- indústria (produz o produto que pode vir a ser vendido na sequência);
- lojas de varejo (os jogadores, em ordem da posição na indústria - do primeiro ao último - colocam seus produtos para serem vendidos, tendo de levar em consideração como está a previsão do clima da economia, tentando avaliar como estarão as vendas, o quanto será vendido e por quanto será possível vender - as empresas com os produtos mais populares vendem antes);
- companhia de construção (a aquisição de novos andares, ou adição de locatários, podem ser incluídos na empresa).

Simples, não?

Pois bem, as regras em si não são das mais complexas, mas a interação entre tudo, ainda mais considerando o tempo/custo necessário para realizar certas ações, faz com que as decisões sejam difíceis, pois é necessário ponderar as possibilidades dos outros, a interferência que os outros podem ter, a influência da popularidade, a quantidade de tempo e empregados que os outros têm, entre outras coisas. Denso, realmente denso. Tantas possibilidades e opções. A partida dura até 9 rodadas ou até quando alguém conseguir incluir o 5o andar em sua empresa. O valor de produção do jogo é bem alta, com componentes e peças de qualidade notável.

Bem, com tanto para controlar não consigo dizer com precisão o que os outros jogadores estavam tentando, só que o Gallas (com uma empresa sem fins lucrativos) optou por fazer um jogo com menos trabalhadores, porém com um captação maior de recursos, para equilibrar o que perdia em ações. O André (com uma empresa de tecnologia emergente), após as primeiras rodadas, desistiu de disputar pela popularidade, que era disputada no tapa entre o Gallas, o Rafael e eu, e focou-se em obter dinheiro e ideias através do uso de ações em seu tabuleiro pessoal, e para tanto, foi o que contratou mais empregados, mais rapidamente, de forma a ter mais ações disponíveis, mas sofreu com a falta de dinheiro, tendo que pagar tanta gente e sem ter a primazia na venda do produto deles (já que a venda ocorre na ordem de popularidade). O Rafael, bem, não sei bem o que ele tentou. Ele disputou bastante na popularidade, mesmo sem ter um setor de relações públicas, como o Gallas e eu tínhamos (nós não descíamos na popularidade, na fase de ajuste), mas sofreu com o mercado de vendas, e ficou apertado em algumas rodadas, sem dinheiro e pastas para realizar algumas das ações, o que o deixou atrás na aquisição de novos andares. Eu me foquei em aprimorar minhas áreas iniciais, enquanto também, como o André, investi em novos empregados, mas tive a vantagem em, na primeira rodada, ter o mercado de venda todo para mim, o que me rendeu um caminhão de dinheiro, e, depois, com a empresa de consultoria, recebia as ideias necessárias para expandir minha empresa. Absorvi uma equipe para ajudar na contratação e, depois, consegui investidores, para manter a empresa solvente. O Gallas, mesmo com menos ações, era o mais rico e com mais ideias entre as empresas, além de ser, muitas vezes, a mais popular, mas vendia menos que eu, e construía menos que o André e eu. Ainda assim, o que ele adquiriu eram as construções mais valiosas, enquanto as minhas eram mais utilitárias. O final estava apertado, e na última rodada, as ligações do André e minha com a empresa de construção nos permitiu ocupar dois espaços para construção, o que deixou somente dois espaços livres, um para o Gallas e outro para o Rafael. Isso foi o diferencial num jogo apertado, pois minha segunda construção (que me rendeu 3 pontos) colocou-me à frente do Gallas e a partida terminou com a seguinte pontuação: 55 pontos para mim, 52 para o Gallas, 47 para o André e 40 para o Rafael. As cores, Rafael, foram: preto, roxo, azul e amarelo, respectivamente.

A partida durou cerca de 3h30 mais uma hora de explicação. Aos que desejarem jogar aviso-os: não temam a explicação! O jogo vale o esforço.

Abs,


Última edição por tiagovip em Qui Jul 10, 2014 6:09 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Binderman Qui Jul 10, 2014 10:48 am

tiagovip escreveu:
A partida durou cerca de 3h30 mais uma hora de explicação. Aos que desejarem jogar aviso-os: não temam a explicação! O jogo vale o esforço.
Abs,

Agreed.
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Mensagem por libonati Qui Jul 10, 2014 3:07 pm

Quando vi o tópico no portal do fórum, achei que seria do Trentini falando da partida de ontem, quando surpreendo-me com o Perreto falando de uma partida de seis (ou mais) meses atrás! Smile

Bom, oq achei do jogo! A concept art, as ilustrações, o layout e o material são magníficos, talvez os melhores que eu já tenha visto em um euro e, TOP 10 considerando todos os boards que conheço.
O design de jogo, claro, não fica atrás. Trata-se de um jogo com uma pincelada econômica interessante, carreada com um trema muito bacana, erguer uma empresa do zero (ou quase isso). Sua mecânica central é seleção de ações, através do gasto do tempo de seus empregados, algo muito próximo de uma alocação de trabalhadores. Como o Perreto bem disse, é um jogo com bastante coisa para aprender, mas a jogabilidade é fluída e intuitiva. Não o vejo como um jogo necessariamente estratégico como entendo ser o caylus. com planejamentos necessários para a próxima rodada. No Groud Floor, poucas foram as vezes que me deparei com a necessidade de pensar em guardar ou correr atrás de recursos (dinheiro, info e produtos) para a próxima rodada, salvo quando tinha a intenção de vender logo e, assim, precisaria ter um produto para iniciar a rodada, ou precisaria pagar o alto custo para planejar uma construção. Todavia, um caminho a ser trilhado pode, e deve, ser pensado desde o início do jogo. Saber noq investir, quando e quanto é bem importante. Claro que isso ficou faltando na minha primeira partida, até mesmo pelo desconhecimento, mas consigo pensar coisas melhores para as próximas partidas.
Mesmo assim o jogo tem um bom peso e as decisões não são nada fáceis e, inclusive, pode rolar AP durante a partida, haja vista as inúmeras possibilidades existentes e caminhos a trilhar, como disse, que podem ser pensados desde o início.
Enfim, um dos melhores jogos que conheci neste ano e, a despeito de seu tempo de duração (nossa partida deu 3 horas), quero jogar várias vezes ainda.

Depois o elfo relata nossa partida.

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Mensagem por Trentini Qui Jul 10, 2014 3:24 pm

Bom, pouco posso contribuir com a discussão aqui, mas acho que existe sim um cunho bem estratégico nesse jogo, porém como somos iniciantes tendemos a não fazer um planejamento a longo prazo principalmente no começo do jogo, entretanto no momento que eu quis montar minha máquina de fazer produtos e conseguir pastas + dinheiro de forma independente da venda, considero isso uma decisão estratégica.

Quanto ao jogo, achei ele muito bom, um dos melhores que conheci esse ano, esses jogos do Amigo Secreto do ano passado estão surpreendendo bastante, que ótimo que o Rafa tem essa pérola em sua coleção, devemos jogar mais vezes.
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