Quarta, 19/06
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Quarta, 19/06
Olá pessoas.
Nesta quarta, nosso RPG falhou, mas o Gustavo veio aqui em casa para encararmos alguns jogos e preferencialmente cumprir algumas promessas de ambos os lados!
Começamos com o Hammer of the Scots! O jogo é excepcional, tem muita coisa boa, é bem estratégico, com uma boa pitada tática dada pelas cartas! No jogo, ao invés de se dominar apenas territórios, a Escócia e a Inglaterra disputam a lealdade dos nobres escoceses, tentando-os galgar para sua causa. Eu joguei com os escoceses e o Gustavo com os ingleses.
Eis o Setup!
Bem cedo comecei perdendo a lealdade da casa Bruce, no sul da Escócia, mas galguei bons resultados no norte, convencendo vários nobres a lutar por uma escócia liberta da tirania e Edward I. Desde então, o jogo ficou concentrado na região meridional da escócia, onde a fronteira a ser protegida para invadir norte ou sul são apenas dois territórios. Então o Gustavo defendia com unhas e dentes estes dois território, ao passo que eu precisava defender três pra evitar sua invasão. Tentei desconcertar as tropas inimigas com um ataque/resgate marítimo no território dos Galloway. No começo deu tudo certo, mas chegou o inverno e apesar de um ano todo confraternizando com Wallace e sua causa quando lorde Galloway voltou para casa viu seu castelo tomado pelo seu vizinho Bruce e então não teve escolha a não ser trair Wallace e render seu juramento ao rei inglês ! Depois dessa afronta, o rei em pessoa veio ao solo escocês e aí o pau torou de verdade. Na escócia cogitava-se a coroação dos Comay, principalmente depois da chegada dos franceses que queriam impor civilização" na Escócia. Mas os conselhos de guerra e a eminência da guerra desviavam a atenção e a coroação era sempre deixada de lado.
O ano era 1308 da era de nosso Senhor, quando Lennox, território vizinho a Menteith, castelo que abrigava o Rei Edward I e sua enorme comitiva, foi tomado pelos escoceses e a casa Lennox se juntou à causa de Wallace. Emputecido, o rei decide arrasr com Lennox, deixando Menteith desguarnecida, oportunidade que Wallace e Comay aproveitaram para tomar o castelo.
Edward I estava preso em Lennox, podendo apenas retroceder para o sul ou prosseguir sua campanha com a linha de intendência cortada. Mas sua dúvida lhe retardou e logo se viu cercado por Wallace liderando a vanguarda de um numeroso exército, capaz de fazer frente ao de Edward, quando este então convocou reforços, com o também Wallace contava, para surpresa de Edward. uma batalha épica com quase todas as casas nobres da escócia envolvidas, de um lado ou de outro, com Wallace na vanguarda e a comitiva do rei Edward. Porém, a sorte soprava para o lado inglês e embora os escoceses conseguissem resistir e até mesmo atacar por um bom tempo, alguns nobres começaram a abandonar o Wallace e mudar de lado. Este, desesperado, desiludido e desesperançoso se entregou ao furor do combate, encontrando a morte nos charcos úmidos e salgados de Lennox. Alguns poucos nobres escoceses e que se mantiveram fiéis até o fim recuaram escoltados pela cavalaria francesa.
O norte da escócia estava aberto e com várias casas agora "fiéis" à coroa inglesa. Mas a memóia de Wallace e seu ideal moveram os corações de alguns nobres que ainda continuavam a lutar pela causa da liberdade, até mesmo voltando a fazer frente ao Rei Edward I no norte da Escócia.
Mas o rei continuou com sua investida, tratando com força excessiva aqueles rebeldes, quebrando suas convicções e comprando sua inércia. Logo, todas as casas nobres da escócia estavam sob jugo e tirania da coroa inglesa novamente e iria demorar até que a liberdade soprasse naquele país.
Este é um relato apaixonado do que aconteceu. A verdade é que tentei um ataque que certamente decidiria o jogo, o que aconteceu. Foi uma batalha épica, com uns 15 blocos ao todo, se não mais. Mas rolar dados contra o Gustavo é injusto. Não estou dizendo que o jogo se decidiu na sorte, eu quis arriscar e sofri as consequências por isso, mas o Gustavo é muito cagado... ele facilmente obtinha 3 ou 4 acertos em 4 dados, o que eu conseguia rolando 10! Embora eu tenha perdido de uma forma vergonhosa, por sudden death, achei o jogo muitoooo bom, bem divertido, rápido e tenso. Acho, inclusive que fui um bom adversário para um primeira vez, mas isso só o Gustavo pode dizer. Sei que ele se surpreendeu com algumas jogadas minhas e disse que quando era escocês jogou de forma totalmente contrária.
O Rodrigo, que joga RPG conosco, chegou inesperadamente durante a partida de Hammer of Scots e acabou tendo que esperar um pouco para poder jogar alguma coisa. Em vista do adiantado da hora, propus que jogássemos K2, o que foi aceito pelos gentis cavalheiros, e dessa vez com as regras 100% corretas!
O Gustavo nos deu um sova, conseguiu fazer com que seus dois alpinistas chegassem ao topo e voltassem seguros para o campo base. O Rodrigo, embora tenha chego ao topo, não conseguiu garantir que seus alpinistas voltassem em segurança e ambos morreram congelados entre seis e sete mil metros. Eu fiz um jogo mais conservador e sequer ao topo cheguei. Aparentemente ambos gostaram bastante do jogo e dessa vez eu curti mais também (minha variante era ruim).
Foi isso... obrigado a todos pela presença e em especial ao Gustavo por ter me apresentado o Hammer que há muito queria conhecer.
Abraços!
Nesta quarta, nosso RPG falhou, mas o Gustavo veio aqui em casa para encararmos alguns jogos e preferencialmente cumprir algumas promessas de ambos os lados!
Começamos com o Hammer of the Scots! O jogo é excepcional, tem muita coisa boa, é bem estratégico, com uma boa pitada tática dada pelas cartas! No jogo, ao invés de se dominar apenas territórios, a Escócia e a Inglaterra disputam a lealdade dos nobres escoceses, tentando-os galgar para sua causa. Eu joguei com os escoceses e o Gustavo com os ingleses.
Eis o Setup!
Bem cedo comecei perdendo a lealdade da casa Bruce, no sul da Escócia, mas galguei bons resultados no norte, convencendo vários nobres a lutar por uma escócia liberta da tirania e Edward I. Desde então, o jogo ficou concentrado na região meridional da escócia, onde a fronteira a ser protegida para invadir norte ou sul são apenas dois territórios. Então o Gustavo defendia com unhas e dentes estes dois território, ao passo que eu precisava defender três pra evitar sua invasão. Tentei desconcertar as tropas inimigas com um ataque/resgate marítimo no território dos Galloway. No começo deu tudo certo, mas chegou o inverno e apesar de um ano todo confraternizando com Wallace e sua causa quando lorde Galloway voltou para casa viu seu castelo tomado pelo seu vizinho Bruce e então não teve escolha a não ser trair Wallace e render seu juramento ao rei inglês ! Depois dessa afronta, o rei em pessoa veio ao solo escocês e aí o pau torou de verdade. Na escócia cogitava-se a coroação dos Comay, principalmente depois da chegada dos franceses que queriam impor civilização" na Escócia. Mas os conselhos de guerra e a eminência da guerra desviavam a atenção e a coroação era sempre deixada de lado.
O ano era 1308 da era de nosso Senhor, quando Lennox, território vizinho a Menteith, castelo que abrigava o Rei Edward I e sua enorme comitiva, foi tomado pelos escoceses e a casa Lennox se juntou à causa de Wallace. Emputecido, o rei decide arrasr com Lennox, deixando Menteith desguarnecida, oportunidade que Wallace e Comay aproveitaram para tomar o castelo.
Edward I estava preso em Lennox, podendo apenas retroceder para o sul ou prosseguir sua campanha com a linha de intendência cortada. Mas sua dúvida lhe retardou e logo se viu cercado por Wallace liderando a vanguarda de um numeroso exército, capaz de fazer frente ao de Edward, quando este então convocou reforços, com o também Wallace contava, para surpresa de Edward. uma batalha épica com quase todas as casas nobres da escócia envolvidas, de um lado ou de outro, com Wallace na vanguarda e a comitiva do rei Edward. Porém, a sorte soprava para o lado inglês e embora os escoceses conseguissem resistir e até mesmo atacar por um bom tempo, alguns nobres começaram a abandonar o Wallace e mudar de lado. Este, desesperado, desiludido e desesperançoso se entregou ao furor do combate, encontrando a morte nos charcos úmidos e salgados de Lennox. Alguns poucos nobres escoceses e que se mantiveram fiéis até o fim recuaram escoltados pela cavalaria francesa.
O norte da escócia estava aberto e com várias casas agora "fiéis" à coroa inglesa. Mas a memóia de Wallace e seu ideal moveram os corações de alguns nobres que ainda continuavam a lutar pela causa da liberdade, até mesmo voltando a fazer frente ao Rei Edward I no norte da Escócia.
Mas o rei continuou com sua investida, tratando com força excessiva aqueles rebeldes, quebrando suas convicções e comprando sua inércia. Logo, todas as casas nobres da escócia estavam sob jugo e tirania da coroa inglesa novamente e iria demorar até que a liberdade soprasse naquele país.
Este é um relato apaixonado do que aconteceu. A verdade é que tentei um ataque que certamente decidiria o jogo, o que aconteceu. Foi uma batalha épica, com uns 15 blocos ao todo, se não mais. Mas rolar dados contra o Gustavo é injusto. Não estou dizendo que o jogo se decidiu na sorte, eu quis arriscar e sofri as consequências por isso, mas o Gustavo é muito cagado... ele facilmente obtinha 3 ou 4 acertos em 4 dados, o que eu conseguia rolando 10! Embora eu tenha perdido de uma forma vergonhosa, por sudden death, achei o jogo muitoooo bom, bem divertido, rápido e tenso. Acho, inclusive que fui um bom adversário para um primeira vez, mas isso só o Gustavo pode dizer. Sei que ele se surpreendeu com algumas jogadas minhas e disse que quando era escocês jogou de forma totalmente contrária.
O Rodrigo, que joga RPG conosco, chegou inesperadamente durante a partida de Hammer of Scots e acabou tendo que esperar um pouco para poder jogar alguma coisa. Em vista do adiantado da hora, propus que jogássemos K2, o que foi aceito pelos gentis cavalheiros, e dessa vez com as regras 100% corretas!
O Gustavo nos deu um sova, conseguiu fazer com que seus dois alpinistas chegassem ao topo e voltassem seguros para o campo base. O Rodrigo, embora tenha chego ao topo, não conseguiu garantir que seus alpinistas voltassem em segurança e ambos morreram congelados entre seis e sete mil metros. Eu fiz um jogo mais conservador e sequer ao topo cheguei. Aparentemente ambos gostaram bastante do jogo e dessa vez eu curti mais também (minha variante era ruim).
Foi isso... obrigado a todos pela presença e em especial ao Gustavo por ter me apresentado o Hammer que há muito queria conhecer.
Abraços!
Última edição por libonati em Sex Jun 21, 2013 12:53 pm, editado 1 vez(es)
Re: Quarta, 19/06
Excelente relato!
Aparentemente o modo diverso que o Gustavo jogou é, afinal, melhor, em vista que ele venceu com os escoceses!
Talvez estejamos vendo o começo de mais uma hegemonia do Gustavo?
Abs,
Aparentemente o modo diverso que o Gustavo jogou é, afinal, melhor, em vista que ele venceu com os escoceses!
Talvez estejamos vendo o começo de mais uma hegemonia do Gustavo?
Abs,
Re: Quarta, 19/06
Me parece que o Hammer of the Scots é o que o Crown of Roses deveria ter sido!
Parece ser um jogão mesmo.
Parece ser um jogão mesmo.
Re: Quarta, 19/06
O Hammer of the Scots teve uma belíssimo relato pelas mãos do Bruno!
O jogo teve essa batalha épica, nunca vi nada igual - na verdade ele teve muito mais batalhas do que quando joguei com o Jorge. Aqui, estava claro o domínio norte/escoceses, sul/ingleses. Contra o Jorge estava tudo mais misturado.
Um grande fator de replayability desse jogo vem das novas unidades que entram em combate (por exemplo, o rei inglês só entrou em jogo mais pro final), e das cartas especiais. Elas não são fortes, mas permitem coisas atípicas - por exemplo, uma permite que você mova unidades de qualquer lugar amigo a outro amigo. No início do jogo essa carta permite você permanecer mais tempo ao redor do inimigo, mas como não apareceu...
Além disso há uma mecânica com as cartas especiais que pode fazer o jogo acelerar, mas acabou não ocorrendo dessa vez.
De fato me dei muito bem nos dados. Mas o jogo, tirando essa batalha, estava muito equilibrado. O próprio Bruno argumentou que poderia ter se defendido mais no fim da partida, ao invés de tentar ganhar tudo de uma vez. Esses bárbaros...
Espero ir mostrando o jogo a vocês aos poucos. Acho que levar na Lúdica não é uma ideia tão boa, visto que vai ter gente pacas - melhor levar os multiplayers...
Quanto ao domínio, duvido pois a curva de aprendizagem do Twilight Struggle é altíssima, enquanto que do Hammer é bem mais sossegada. Pra ser franco, dos jogos ricos em complexidade esse é um dos mais fáceis de explicar. Ele é bem intuitivo.
Porém, claro que no TS tem a questão dos norte-americanos serem mais "fracos" que os soviéticos, o que meio que compensa a falta de conhecimento. Em suma, eu creio que alguém que já jogou pelo menos uma vez o TS tem grandes chances contra mim.
O jogo teve essa batalha épica, nunca vi nada igual - na verdade ele teve muito mais batalhas do que quando joguei com o Jorge. Aqui, estava claro o domínio norte/escoceses, sul/ingleses. Contra o Jorge estava tudo mais misturado.
Um grande fator de replayability desse jogo vem das novas unidades que entram em combate (por exemplo, o rei inglês só entrou em jogo mais pro final), e das cartas especiais. Elas não são fortes, mas permitem coisas atípicas - por exemplo, uma permite que você mova unidades de qualquer lugar amigo a outro amigo. No início do jogo essa carta permite você permanecer mais tempo ao redor do inimigo, mas como não apareceu...
Além disso há uma mecânica com as cartas especiais que pode fazer o jogo acelerar, mas acabou não ocorrendo dessa vez.
De fato me dei muito bem nos dados. Mas o jogo, tirando essa batalha, estava muito equilibrado. O próprio Bruno argumentou que poderia ter se defendido mais no fim da partida, ao invés de tentar ganhar tudo de uma vez. Esses bárbaros...
Espero ir mostrando o jogo a vocês aos poucos. Acho que levar na Lúdica não é uma ideia tão boa, visto que vai ter gente pacas - melhor levar os multiplayers...
Quanto ao domínio, duvido pois a curva de aprendizagem do Twilight Struggle é altíssima, enquanto que do Hammer é bem mais sossegada. Pra ser franco, dos jogos ricos em complexidade esse é um dos mais fáceis de explicar. Ele é bem intuitivo.
Porém, claro que no TS tem a questão dos norte-americanos serem mais "fracos" que os soviéticos, o que meio que compensa a falta de conhecimento. Em suma, eu creio que alguém que já jogou pelo menos uma vez o TS tem grandes chances contra mim.
Gustavo- Arkham Horror
- Mensagens : 1813
Data de inscrição : 25/05/2013
Re: Quarta, 19/06
E sobre o K2 - achei bem divertido, gostei mesmo. Minha estratégia foi subir apenas com 1 cara, descer feito um louco, e consegui fazer o segundo chegar ao topo no último turno (não precisando descer mais!). Mas imagino outras estratégias possíveis.
Gustavo- Arkham Horror
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