Carta do Marcos Macri sobre Viagem no Tempo

doizinho escreveu:Se é cultural então prefiro jogar contra os brasileiros que buscam a vitória a qualquer custo.
Ganhar de um cordeirinho, que jogou na boa pra não incomodar, é muito chato.

Pois é... me soa tão estranha a reclamação de quem joga jogos não cooperativos, de serem perseguidos ou atacados.

"Pô, meu, aquela avançada do cavalo em cima do meu bispo foi a maior sujeira. Travou total a minha estratégia com a rainha. Me custou a partida."

"Pô, cara, desculpa aí, foi mau. Dá próxima, eu pergunto antes."

Really?!?!

Hauahuau, pegaram o Samuca pra Cristo nesse tópico!

Como me senti sobre o assunto inicial deste tópico:
Indignado Surpreso.

Qual minha posição sobre isso:
Let it be.

Anarkion escreveu:Hauahuau, pegaram o Samuca pra Cristo nesse tópico!

"Samuca pra Cristo"

Existem inúmeras posturas de jogo que são indignantes... é provável que todos nós acabamos cometendo uma ou mais dessas posturas muitas vezes.

Na situação que o Libo comentou e que é enquete sobre o que fazer numa partida. Diria que depende da situação também, eu preferiria evitar o ataque ao primeiro colocado se esse tiver jogado bem e se realmente ganhar dele for impossível. Porém se essa jogada for me dar mais pontos do que qualquer outra, bem... devo fazê-lo.

Fiz na minha vida 2 partidas que ficaram marcadas pelo ataque ao líder e que isso foi um fim triste de partida em que eu poderia no mínimo ter aproveitado mais, mesmo que não chegasse a vitória. Bem, uma delas foi o TI 3 último que joguei... todo momento alguma coisa estava acontecendo contra mim e isso foi o direcionamento de uns 3 jogadores que agiram contra.

Na outra foi uma partida de PG em que eu precisava de uma usina para vencer o jogo ou levar a partida para o desempate, que no jogo é muito comum. Sabia que tinha uma boa grana para comprar a Usina e o jogador que era o último colocado e não tinha a mínima chance de vencer ofertou uma quantia absurda me forçando a gastar muito dinheiro para obter a usina. Uma jogada estúpida... no fim consegui vencer, mas se a partida tivesse ido para o desempate eu certamente perderia e não para o jogador q disputou a Usina comigo.

Outra coisa que o Macri escreveu para mim depois:

"Confesso a você, enquanto Game Designer, que realmente é bastante difícil "agradar" completamente os nossos colegas "hard gamers"."

Bem, a intenção de todo meu blah blah blah é só para apontar que não considero o jogo quebrado. Não estou falando que ele não está quebrado - vai que estou completamente errado e os outros completamente certos - mas que era necessário para mim encontrar um argumento coerente que provasse ou desprovasse a opinião do Rafaelfo e do Penteado. E até agora, dentro de meu raciocínio, se precisasse votar, voto em mim: o jogo não está quebrado (mas posso estar errado, embora acredite no meu voto).

Só para recordar, como irei fazer o vídeo sobre o jogo, preciso ouvir feedbacks. Se os dois estivessem certos, o vídeo seria uma coisa. Fui atrás das respostas - precisava saber se eles estavam corretos (possível) ou errados (possível). Perguntei para o Macri, pensei, pensei, refleti, calculei, e de fato neste intante eu acredito muito mais em mim, em minhas opiniões pessoas, no designer, nos cálculos que fiz do que na opinião do Rafael e do Penteado, que eu chamo de over-thinking (mas lembro que há uma chance de que eles estejam corretos e eu errado, embora neste instante as evidências não apontem, pelo menos de meu ponto de vista, para isso).

Sobre o Samuca vs. Fabiano e Tiago e o bash-the-leader: não reclamo do bash-the-leader quando o jogo pede isso, ou quando é coerente. Não vejo muito sentido quando o bash-the-leader no fim só dá a vitória para o segundo colocado, sendo que quem prejudicou não é este segundo colocado.

Mas indiferente a isso, não é isso que me incomodou: o que me incomoda é quando alguém decide, de início, atazanar a vida de outro alguém que nem conhece, que nem sabe nada, em um jogo que não sabe nada... me parece incoerente. No penúltimo encontro, joguei o Lords of Waterdeep com um pessoal. Um cara que jamais tinha visto, um tal de Kainã ou algo assim, decidiu jogar contra mim. O que isso acarretou? Ele ficou muito em último.

No Viagem do Tempo, o mala do irmão do Penteado decidiu jogar contra mim. Adivinhem: ficou em super último, muito atrás do outros. Ah, mas era a primeira vez que ele jogava... bem, no Lords haviam 3 na mesa que estavam jogando pela primeira vez...

Quer dizer: não é prático. Não é útil. Você quer morrer e arrastar alguém junto com você. Pra mim é dizer: "sou um loser, e não quero ser loser sozinho. vou sacanear com esse cara pra eu não ser um loser sozinho."

Bando de losers do caralho.

Isso não tem nada a ver com um tradicional bash-the-leader, seja o país que for. É só a praga dos losers. E eu não gosto dela!

Concordo contigo Gustavo, se o cara vai jogar alguma coisa pela primeira vez e foca em atacar alguém, ao invés de tentar formular uma estratégia de vitória, esse cara é um loser mesmo (a exceção é quando jogo contra meu arqui inimigo Marcelo  ).

E sobre o Bash-the-leader, tenho uma opinião muito direta - não quer ser atacado então não faça uma caralhada de pontos e dispare na liderança no começo. Se você fizer isso é lógico que os outros vão te atrapalhar e tentar impedir tua vitória, nem sei porque isso é um problema, é uma coisa natural de qualquer jogo competitivo. Prolongar um jogo para tentar uma reviravolta não tem nada de errado ou recriminável.

Rafaelfo escreveu:Como me senti sobre o assunto inicial deste tópico:
Indignado Surpreso.

Qual minha posição sobre isso:
Let it be.

Hm, mesmo na noite do jogo eu comentei que iria enviar um e-mail para o Macri, não sei se vocês lembram...  

Também não vejo espanto de que preferi manter minhas opiniões guardadas antes de colocá-las totalmente na mesa...  

Talvez um motivo de surpresa seria eu ter me calado quanto ao que julguei ser uma filhadaputice do [fernando, é esse o nome?], mas é algo que já não me supreende e que já aconteceu em outros dias, em outras mesas.  

De fato talvez eu devesse ter agido de outro modo: mas quando decidio sacar as espadas e mandar se catarem sou visto de forma negativa, e quando deixo falarem até se cansarem e fico internamente curtindo a situação, aí sou visto de forma negativa também.  

Vejam o e-mail que enviei pro Macri:

"[O jogo é excelente...] porém, ouço algumas reclamações dos jogadores.

Duas coisas simples: no início a "vantagem" do último jogador é pequena (apenas uma ficha de cientista a mais), enquanto que os outros jogadores (digamos, em um jogo de 5, o segundo, terceiro e quarto) não tem vantagem alguma para compensar não serem os primeiros.

Segundo, parece-me muito forte o fim de jogo: quem ativou ele ainda possui a última rodada o que, neste jogo, é determinante. Ele é o que mais tem chances de enviar oponentes para o centro do tabuleiro, onde perderão pontos, e o com maior chances de remover seus peões com problemas.

Sei que fim de jogo é um problema recorrente (p.e., Dominion), mas me questiono se outras soluções foram testadas."

Isto é, foi escrito com enorme imparcialidade.

Só para recordar (acho que falei isso também), um dos acordos que o Pedro fez com o Macri para comprar o jogo por aquela bagatela (por falar nisso, está esgotado no site e só tem um algumas poucas lojas), foi fazermos um vídeo super bacana do Viagem no Tempo. E eu precisava realmente lançar essas questões e respondê-las, pois compromisso é compromisso.  Por isso ouvi, refleti.

Claro que a capacidade de constantemente surpreender é bacana!   

Pessoal tá foda aqui, esses anúncios da página apagam meu mouse e não consigo mais colocar as carinhas certas... queria colocar o carinha com a coroa, mas preciso usar a páginas "às cegas".

Depois esclareço qualquer dúvida que aconteceu...

Edit: Estou de volta.

Então, só pra deixar claro:

1) Fui ouvir o maior número de informações, para fazer um vídeo melhor. Imaginem se eu elogiasse horrores, para depois descobrir que uma parte estava quebrada? Ou seguir as ideias do Rafael e do Penteado e descer a lenha no jogo, para ver que as críticas foram feitas só no calor do momento?

2) A experiência prova que isso funciona. Naquele jogo idiota que prefiro não dizer o nome, ouvi um monte de gente, várias pessoas diversas. E até hoje continuo certo de que falei fatos concretos, e até agora nenhuma resposta mudou minha opinião.

3) Estou pisando em ovos desde o início. Pergunto: estou sendo injusto, parcial, crítico demais? Pergunto para fazer um feedback de mim mesmo... decidi agir de certa maneira para rolar o mínimo possível de atrito, mas sem deixar de falar o que penso. É um trabalho delicado, mas que espero que permita uma aceitação maior, nem que seja apenas das diferenças de opiniões.

Gustavo escreveu:Sobre o Samuca vs. Fabiano e Tiago e o bash-the-leader: não reclamo do bash-the-leader quando o jogo pede isso, ou quando é coerente. Não vejo muito sentido quando o bash-the-leader no fim só dá a vitória para o segundo colocado, sendo que quem prejudicou não é este segundo colocado.

Acho que vai um tanto além disso. Se eu sou o terceiro, quarto, quinto, décimo-nono colocado, eu posso sim incomodar o primeiro, até mesmo impedindo a vitória dele, se eu achar que minha posição deve-se, em parte, devido às ações no jogo do 1o colocado. Se, sei lá, minha civilização foi atacada e detonada por ele, e isso rendeu a ele vários pontos, e me retirou um monte, mas ao final posso atacá-lo, mesmo não servindo de nada para mim em questão de colocação/pontos, eu não devo fazê-lo só porque outro - que nem sequer relou um dedo em mim, e pode até ter me ajudado com alguma troca/comércio/apoio moral - é que irá vencer? Variações disso podem ocorrer em diversos jogos.

Abs,

Ah, mas isso também me parece coerente. Talvez até um bash-the-leader puro - vamos bater nele só por bater - possa ter sentido. É a questão de ver caso a caso.

Inclusive, como você disse: ah, vou jogar contra o Gustavo pois ele é um adversário mais difícil. Ok, também.

É só o ponto de quem se gruda em outro escolhida ao acaso e leva-o junto ao poço que me deixa espantado.

Tá bom, chega de pisar em ovos: são uns babacas e espero não jogar mais com gente assim!

No more Mr. Nice Guy a partir desse instante!  Agora é guerra! Explicar com argumentos lógicos não parece ter efeito melhor que a bom e velha martelada:

 

                   

E é mais divertido também!  

Pedro escreveu:...
Fiz na minha vida 2 partidas que ficaram marcadas pelo ataque ao líder e que isso foi um fim triste de partida em que eu poderia no mínimo ter aproveitado mais, mesmo que não chegasse a vitória. Bem, uma delas foi o TI 3 último que joguei... todo momento alguma coisa estava acontecendo contra mim e isso foi o direcionamento de uns 3 jogadores que agiram contra.

Na outra foi uma partida de PG em que eu precisava de uma usina para vencer o jogo ou levar a partida para o desempate, que no jogo é muito comum. Sabia que tinha uma boa grana para comprar a Usina e o jogador que era o último colocado e não tinha a mínima chance de vencer ofertou uma quantia absurda me forçando a gastar muito dinheiro para obter a usina. Uma jogada estúpida... no fim consegui vencer, mas se a partida tivesse ido para o desempate eu certamente perderia e não para o jogador q disputou a Usina comigo.

Acho que o 'responsável' por esta percepção é o curto espaço de tempo que temos, nos jogos, para conquistarmos as galáxias, nos tornarmos magnatas da indústria ou acabarmos com nossos rivais, Pedro.

No dito 'mundo real', teus rivais vão te sacanear da mesma forma. Só vão fazer isto ao longo de 2 meses ou 2 anos, ao invés de 2 horas.

Acho que o 'gosto ruim' que fica é porque a gente tá tomando um vidro inteiro de remédio de uma vez só , ao invés de uma colher de chá, a cada 8 horas.

Esse lance de bash the leader é complicado mesmo, pois a maioria dos jogos permite isso de uma forma e de outra. Vai de cada um fazer ou não. um jogo que muito gosto, Through the Ages tem disso e sei que o Gustavo já sofreu com isso, tendo sido atacado por um cara nada a ver e acabou perdendo o jogo. Para promover uma agressão ou mesmo uma guerra no jogo é muito fácil e por isso não se pode esquecer do militarismo e eu mesmo atacaria o cara com mais cultura (pts de vitória) e menos militarismo se isso fosse me render bons frutos. Mas oq não suporto, embora faça de vez em quando, é ficar falando pra fulano atacar ciclano. No próprio Through the Ages, se eu fosse o último, apenas atacaria o primeiro se isso me rendesse bons frutos e não pq ele vai ganhar. Acho que pior que o bash the leader é o king making!

Gustavo, fiz uma pequena lista com apontamentos sobre seu tópico. Isso mesmo, uma lista.
 

Mas, como acontece com frequencia neste fórum magnífico (isso não foi sarcasmo!), sinceramente não estou com tempo nem com saco para discutir isso aqui. Talvez um dia, pessoalmente. (pode me chamar de cagão, bundão, menino do shotinho apertado cagado, etc...)
Fecho apenas com a frase que você disse no teu carro quando me deixou em casa depois das duas partidas do Viagem no Tempo - e comentando sobre o mesmo: "acho que você gostou até mais do que eu".

É assim é? Então toma isso:  

E mais isso:

 

E isso também:

 

Pronto! E tenho dito!

...

De fato o que falei antes se mantém. Na verdade não estou discutindo o jogo, mas apenas as opiniões sobre o fim do jogo. É um assunto bem específico, realmente deixei todo o resto de lado - TODO o resto de lado.

E também não sei se você, ou o Penteado, mudaram de ideia depois.

Ou se o que falaram foi só na hora e na verdade eu estou tomando palavras ditas e relembrando elas, enquanto que no fundo só foram ditas por serem ditas.

Em suma, sobre o que estou escrevendo: 1) não me parece coerente chamar o jogo de quebrado; 2) o irmão do Penteado foi um mala que estragou o julgamento de todos.

Nada mais. Mesmo. Juro. Viu como falei que falar muito não adianta? A coisa escapa do controle. Tem coisas que o Penteado falou, e talvez você leia minha crítica pensando que estou criticando você - ou pode acontecer o oposto. E talvez alguma coisa eu mesmo tenha dito concordando com vocês e mudei de ideia. Por isso, vamos voltar à argumentação anterior, que é mais clara, sucinta, e cujo resultado é o mesmo:

RAFAEL: É isso que você pensa? Então toma:  

E essa tua lista? Olha só:

E quer saber mais? Viagem no Tempo, joguinho nacional de 50 reais, toma isso você também:  

E por falar nisso, aquela pizza da Domino's é muito sem vergonha e não vale a pena!

E Fabiano, essa é pra você pelos smiles estarem acabando e eu não ter mais qual usar:   

Ah, e antes que eu esqueça:

Gustavo, você é um chato que escreve milhões de palavras pra não dizer nada e só atazana seus amigos! Tome isso: