Usando JOGO DE TABULEIRO para Educar

Nem sei se é uma informação relevante para alguém daqui, mas como já vi alguns posts falando sobre TABULEIROS e a EDUCAÇÃO, não custa compartilhar um ocorrido ontem.

Um cara de Minas Gerais viu meus posts sobre o SOCCERO no facebook e ficou fissurado no jogo, já queria saber como comprar, etc, etc, etc. Me pediu amizade e eu autorizei.

Então ele começou a falar comigo pelo chat do facebook até de uma foram interessante, ao invés de explicar teclando o que ele queria, ele gravava áudio do telefone dele (acho que era telefone pela barulheira no fundo) e me enviava pedaços de 30 segundos de áudio pelo Face. Achei bem legal [AHUAHAHA].

Ele explicou que era professor de Informática e estava tentando aplicar uma prova ou matéria para uma turma de 25 alunos usando jogo de tabuleiro como referência, e viu no SOCCERO uma forma interessante de praticar sua ideia.
Ele queria fazer campo de futebol todo quadriculado e em cada quadradinho botar uma pergunta. Se a bola caísse no quadradinho ele flipava a pergunta e o aluno tinha que responder. Ele usou a expressão "método não linear de questionamento" (que chique!).

Ele na verdade queria saber mais sobre o jogo e não necessariamente comprá-lo, queria saber como jogar, o que ocorre com a bola se alguém perdê-la e blá, blá, blá, para poder aplicar a mesma mecânica na "prova" dele.
Não daria, segundo ele, para usar um tabuleiro de mesmo tamanho já que 25 alunos ao redor de uma mesa não fica muito prático, então a ideia seria montar um tabuleiro gigante no quadro ou numa parede, pegar peças magnéticas como jogadores ou algo do gênero, eram ideias.

Ele pediu ajuda ou dicas sobre como fazer isso, disse que ia me enviar e-mails pedindo sugestões.

Enfim, vamos esperar pra ver o que vem por aí (se é que vem), mas achei interessante um cara lá da "pqp" contatar um desconhecido para trocar ideias sobre um tema tão delicado quanto é uma didádica de ensino. Muito legal.
Se alguém aí já teve experiência com isso me avise para eu pedir dicas também para ajudar o cara (ou colocá-lo em contato), mas como a ideia dele é usar o SOCCERO creio que vou estar no meio da conversa.

É isso!

Ismael,

eu trabalho com isso. Utilizo jogos na prática de ensino... não sei se entendi bem qual a ideia desse professor, mas posso ajudá-lo. Passe meu contato pedindo que ele me explique o que quer exatamente que o jogo faça pela aula. Pelo que entendi a noção está bem voltada para o estilo de jogos que temos a disposição no mercado nacional. Já trabalhei com jogos no contexto educacional com várias idades e com foco em objetivos variados, então é possível que eu consiga orientá-lo de alguma forma.

Bingo, era isso que e eu esperava ler!

Valeu Pedro, vou repassar teu e-mail sim caso ele me dê um retorno. Ele me disse que me passaria algum material para saber o que eu achava, se ele passar, vou enviar a você também.

Obrigado pelo retorno!

Na minha época educação era na base da reguada e prova se fazia com lápis... por isso essa criançada tá mole desse jeito!

libonati escreveu:Na minha época educação era na base da reguada e prova se fazia com lápis... por isso essa criançada tá mole desse jeito!

 Vai ver por isso que a geração atual é ainda mais inteligente que a sua!

Trentini escreveu:

libonati escreveu:Na minha época educação era na base da reguada e prova se fazia com lápis... por isso essa criançada tá mole desse jeito!

 Vai ver por isso que a geração atual é ainda mais inteligente que a sua!

Toma, papudo!

Pelo menos ser durão vai ajudar o Bruno agora!

Trentini escreveu:

libonati escreveu:Na minha época educação era na base da reguada e prova se fazia com lápis... por isso essa criançada tá mole desse jeito!

 Vai ver por isso que a geração atual é ainda mais inteligente que a sua!

Inteligente, em que sentido?? O cérebro dessa geração é melhor aproveitado? Ou eles gozam de benefícios advindos dos erros e experimentações da minha geração, da geração passada e assim por diante?

Além doq, seu julgamento me parece precoce, acredito que não viveremos para ver "quão" inteligente eles são e s[o a história poderá dizer... vai que eles criam a skynet ou os cylons ou o motor de dobre, vai parecer inteligente na hora, mas mais tarde terá sido a grande burrada na humanidade!

Ai ai ai...   

Bem, só posso dizer que tenho acompanhado a educação por um curto período de tempo. Meus 7 anos de experiência não são capazes de medir esses fatos e nem comparar as inteligências de uma e outra geração.

Muda muito os acessos e eles vem para o bem e para o mal da formação pessoal. Na posse do que há de bom eu vejo essa galera prosperar e é incontestável que eles tenham muito mais tato para essas coisas do que a nossa geração. Talvez isso leve o Trentini a usar a afirmação que usou...

Eu tive o prazer de dar aula para os melhores alunos do SESI. Uma turma divida por ter um alto desempenho, acho que não preciso dizer o quanto fiquei impressionado e, como educador, apegado ao desenvolvimento dessa moçada. Eles eram diferenciais e a principal característica que encontrei neles para representar essa diferença era o interesse e a participação em atividades extra curriculares não obrigatórias... tipo, participar de jornal, desenvolver revista... alguns tinham criado sua própria companhia de teatro e pesquisavam sobre isso... isso é demais. O interesse e o esforço é uma das principais formas de demonstrar ou trabalhar a inteligência.

Agora, antes de ir forte nas opiniões, é preciso pensar que a escola é uma base para formação do indivíduo, mas a família e o meio em que ele vive também são de suma importância. Já estive dando aula para turmas do Ensino Médio e discutindo literatura, em outras turmas ensinando literatura e tive também a tristeza de falar, ou ensinar o conteúdo da literatura para certas paredes, carteiras e cadeiras. Meus 7, 8 anos como professor tem me mostrado quem tem interesse e quem é obrigado a aparentar ter interesse. Inteligência... acredite, todos temos, hoje com meios de estimulá-la melhor...

Domingo ultimo, no Fantástico, passou uma matéria super interessante sobre uma escola "inovadora" que emprega métodos de ensino baseados em problemas do cotidiano e não aquele blá blá blá todo que aprendemos em nossa infância/adolescência. Acho que era no Rio de Janeiro, a matéria deve estar disponível no site da Globo.

Lá os alunos pareciam realmente gostar de ir à escola, uma pena eu ter pego a matéria na metade, mas as opiniões dos professores eram bem contundentes e ia de acordo com tudo o que eu concordava.
Um deles até citou um exemplo de que não adianta pedir a um aluno para ler um livro e fazer um resumo para um trabalho, era preciso instigá-lo à leitura.

Certa vez nosso professor pediu para fazermos um resumo do livro ÉRAMOS SEIS (acho que o 'pior' livro da COLEÇÃO VAGALUME). Pronto, foi o suficiente para eu pegar trauma de livros deste tipo (comecei a ler mas era tão chato que não aguentei). Se tivesse pedido um resumo de um livro AS AVENTURAS DE XISTO, UM CADÁVER OUVE RÁDIO ou algo similar, teria tirado 10 naquela bagaça [risos].

Pedro escreveu:

Agora, antes de ir forte nas opiniões, é preciso pensar que a escola é uma base para formação do indivíduo, mas a família e o meio em que ele vive também são de suma importância.

Conceitos burgueses... apenas isso!!! Another brick in the wall!!!

Só pra deixar claro  Não tenho condiçoes de discutir com o cara do Super Cérebro, amigo íntimo de Cristovão Buarque!

libonati escreveu:

Trentini escreveu:

libonati escreveu:Na minha época educação era na base da reguada e prova se fazia com lápis... por isso essa criançada tá mole desse jeito!

 Vai ver por isso que a geração atual é ainda mais inteligente que a sua!

Inteligente, em que sentido?? O cérebro dessa geração é melhor aproveitado? Ou eles gozam de benefícios advindos dos erros e experimentações da minha geração, da geração passada e assim por diante?

Além doq, seu julgamento me parece precoce, acredito que não viveremos para ver "quão" inteligente eles são e s[o a história poderá dizer... vai que eles criam a skynet ou os cylons ou o motor de dobre, vai parecer inteligente na hora, mas mais tarde terá sido a grande burrada na humanidade!

Para começo de conversa, respondi com sarcasmo e tom de brincadeira o que você também fez com relação ao tópico, portanto não desenvolvi a idéia propriamente, assim como você. O mais adequado a se falar é que eu não vou discordar que cada vez mais as novas gerações possuem pessoas "moles" por enfrentarem a facilidade do acesso, somado ao protecionismo exagerado dos pais ou também a ausência dos mesmos por trabalharem e se atarefarem cada vez mais. Por outro lado, a facilidade do acesso a tecnologias que simplificam a vida tornam essas pessoas ainda mais informadas mais cedo, ou seja, uma criança hoje sabe mexer em computadores com muito mais facilidade do que um adulto há anos atrás e assim por diante, por estarem condicionadas desde que nasceram a esse meio em que vivemos. Minha postagem anterior quis se referir a esse fato. Quanto a inteligência maior, não sei se pode ser medida dessa forma, pois inteligência é um fator que envolve muitas outras coisas além do meio em que vivemos, mas é possível afirmar que as crianças de hoje são bem mais preparadas para a realidade atual do que nós somos, mesmo várias delas sendo "moles".

Complementando ainda, o método de complemento de ensino não contribui para o amolecimento das crianças de hoje, pelo contrário, os métodos tentam se adequar a nossa realidade e tentam complementar a fórmula que considero incompleta de aulas discursivas com anotações no quadro. Aulas discursivas são extremamente necessárias, mas incompletas em vários casos, principalmente porque todo aluno absorve o conteúdo de forma diferente e possui interesses diferentes. O método clássico é incompleto e digo mais, não só o método, mas o conteúdo abordado precisa seriamente de revisão. Quem nunca se questionou por que diabos aprendemos geometria analítica se a área de interesse é o direito? Ou por que aprendemos sobre os fenícios se queremos trabalhar com Física Nuclear? O ensino médio principalmente necessita de um ajuste no modelo clássico que é aplicado hoje.