Rapidinha de Saboteur no dia de Odin 7/Outubro

Todo dia de Odin e Freya, costumamos jogar uma partidas no escritório no final do expediente. Estamos conseguindo evangelizar alguns e assustar os mais fracos...   Ontem o pessoal estava apressado e decidimos fazer uma rapidinha de Saboteur! 

O jogo: Saboteur é um party game baseado em cartas onde os jogadores assumem o papel de mineradores ou sabotadores e tem como objetivo escavar túneis até o ouro (mineradores), ou atrapalhar a vida dos nobres coleguinhas se o destino lhe presenteou com o papel de sabotador. A mesa de jogo é formada por uma carta que representa a entrada da mina, no lado oposto as três cartas de minério, apenas um é ouro, isso deve estar disposto de forma a se ter uma grade de 5 cartas de largura, por 7 de altura dispostas horizontalmente. O jogo é da autoria de Fréderic Moyersoen e jogamos a versão publicada pela ZMan.

Primeiras impressões: pelo preço não dava para exigir muito, mas ainda sim um pouquinho mais de zelo e capricho seriam muito bem vindos. A caixa pequena não acomoda muito bem as cartas com sleeves. Uma das cartas de minério veio com uma falha na parte de trás o que obrigou o dono a colocar sleeves opacos nelas. Além disso o artista ou ganhou pouco ou não gastou muito tempo (risos) porque algumas cartas não dá pra entender o que ele tentou colocar - numa delas, eu continuo achando que tinha o Piu-piu dentro de um ouriço do mar. Apesar de deixar muito a desejar no aspecto estético do jogo, ele compensa na diversão e dinâmicas engraçadas.

Regras: aleatoriamente definem-se os papéis, para uma partida de 5 jogadores são embaralhadas 4 cartas de minerador e 2 de sabotador, cada jogador pega aleatoriamente uma das cartas e terá esse papel durante aquela rodada. Todos os jogadores começam com três ferramentas: picareta, carrinho e lanterna (apesar de elas não terem marcadores que as representam, mas podem ser afetadas por cartas durante a partida) e com 5 cartas na mão que possuem dois tipos: escavações ou ações; as primeiras como o nome sugere direcionam os túneis que os intrépidos construtores estão criando para chegar aos minérios (ou atrapalhar quem está tentando chegar). As ações são bem simples, os desenhos de novo não ajudam muito, mas o ícone no topo da carta possui um contorno circular verde ou vermelho e pode ser usado como referência. Nesse sentido as ações afetam ou outros jogadores quebrando (ícone circulado em vermelho) ou consertando (ícone circulado em verde) as ferramentas. Algumas dessa ações podem afetar mais de um tipo de ferramenta ao mesmo tempo. Na sua vez o jogador joga uma carta da sua mão - ação ou escavação - ou descarta uma carta para comprar outra. Os mineradores vencem se conseguirem achar a carta de minério de ouro e os sabotadores vencem se impedirem os mineradores de serem bem sucedidos. A corrida pelo ouro acontece em três rodadas, o vencedor é quem conseguir a maior quantidade de pepitas.

A partida: como o título do post tenta explicar, se quer fizemos um partida inteira, foi apenas uma rodada. Contei com a parceria nos escuros túneis dos seguintes corajosos: Heloisa, Fabio, Alberto e Kowalski (sim, igual ao pinguim de Madagascar). Agradecimento especial ao Alberto e Heloísa que são estreantes em board-games. A partida foi bastante empolgante, com o Kowalski usando seus poderes psíquicos de pinguim e chutando que eu era o sabotador (e infelizmente acertando...  ). Já nos primeiros turnos quebrou minhas ferramentas, me chamou de bandido e fazendo todo tipo de bulliyng. Ele não contava com a astúcia de Alberto, que apesar de novato, garantiu a vitória fácil aos sabotadores. Fabio, que independente do papel é um sabotador nato, colaborou bastante, deixando o trabalho difícil para a Heloisa e Kowalski.

Considerações finais: apesar de ser um crítico à estética pobrinha do jogo, perdoem-me os amantes de Love Letter (trocadilho infame), mas na minha opinião o Saboteur é o filler mais legal para colocar na mesa nos momentos de descontração ou enquanto se espera o atrasadinho. Além de ele não depender de interpretação de cartas como o Love Letter, a mecânica simples gera grande interação entre os jogadores e muitas risadas e momentos dramáticos, enquanto os jogadores tentam decifrar se estão do mesmo lado ou em lados opostos.

Raphael, posso sugerir para você incluir suas resenhas-relatos em nosso blogue?

O Trentini deve conseguir agilizar uma senha para você, ou eu mesmo posso postar (claro, com créditos).

Abs,

Se acharem que valem a pena ser divulgadas lá, manda a senha que posto lá também. Abraços

Vale a pena sim. É muito bom ter mais um resenhista por aqui.